O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, chegou ao Knesset, o parlamento israelense, nesta segunda-feira, em meio à operação de libertação dos últimos 20 reféns vivos ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza desde os ataques de 7 de outubro de 2023.

Durante a visita, Trump assinou o livro de honra do Knesset, escrevendo: “Esta é uma grande honra para mim – um dia maravilhoso e lindo. Um novo começo.”

Enquanto o presidente registrava sua mensagem, o Hamas anunciou que “todos os cativos vivos” haviam sido libertados. O comunicado coincidiu com a passagem do primeiro dos 38 ônibus transportando centenas de prisioneiros palestinos libertados das prisões israelenses em direção a Gaza, conforme informou o Escritório de Informações sobre Prisioneiros Palestinos.

Entre os primeiros sete reféns israelenses libertados estava Eitan Mor, que reencontrou seus pais após mais de dois anos em cativeiro do grupo militante.

Agradecimento a Deus

“Em louvor e gratidão a Deus, temos a alegria de anunciar que nosso Eitan está em casa!”, escreveram os pais do jovem em uma publicação nas redes sociais. “Nosso amado Eitan, quanto esperamos por você, quanto esperamos para finalmente vê-lo depois de dois anos.”

Em todo o país, cenas de celebração marcaram o retorno dos reféns libertados. Famílias e amigos se reencontraram em meio a aplausos, lágrimas e orações de agradecimento.

Imagens comoventes foram exibidas por emissoras israelenses para cerca de 65 mil pessoas reunidas na chamada “Praça dos Reféns”, em Tel Aviv, e para milhões de espectadores que acompanhavam a cobertura ao vivo de suas casas.

A família de Omri Miran, de 48 anos — sequestrado diante da esposa e dos dois filhos durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, no kibutz Nahal Oz — declarou que o retorno dele representa “uma vitória para todo um povo”.

“Após mais de 700 dias longos, dolorosos e agonizantes, Omri finalmente receberá de seus filhos, Roni e Alma, um abraço reconfortante. Queremos agradecer, do fundo do coração, ao povo de Israel por estar ao nosso lado nas horas mais sombrias e nos dias em que este momento parecia um sonho distante e impossível. Este não é um triunfo pessoal, mas a vitória de uma nação inteira”, afirmaram.

A família também expressou profunda gratidão às forças de segurança e aos soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI). “Estamos apenas no começo de uma jornada de recuperação complexa e desafiadora, mas profundamente comovente”, concluíram.

A Luta não para

“Continuamos firmes na luta até que o último refém retorne e até que nosso amado país esteja plenamente restaurado. Que o retorno de Omri simbolize o início dessa recuperação e da unidade do nosso povo.”

A família de Matan Angrest, de 22 anos — soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI) capturado quando seu tanque foi atacado pelo Hamas próximo à cerca do perímetro de Gaza — também celebrou o reencontro. Conhecida por suas críticas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pela condução da guerra, a família expressou gratidão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Podemos respirar novamente. Nosso Matan está em casa. Nosso amado filho foi devolvido a nós após dois anos difíceis, e estamos imensamente orgulhosos dele”, declararam. “Um agradecimento enorme, histórico e eterno ao presidente dos Estados Unidos e à sua equipe, que trabalharam com dedicação e persistência pelo resgate e retorno de nossos entes queridos.”

Eles acrescentaram: “A alegria em nossa família se mistura com a tristeza pelas vítimas e por aqueles que não voltaram com vida.”

Durante a madrugada, ministros israelenses também aprovaram uma lista com 1.718 prisioneiros palestinos que serão libertados. A liberação está prevista para ocorrer após a entrega dos 28 reféns israelenses mortos.

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