Milhares de Igrejas britânicas no Reino Unido correm o risco de encerrar suas atividades até 2030, segundo um novo levantamento do National Churches Trust (NCT). O estudo, feito com 3.600 congregações, revelou que dificuldades financeiras, custos de manutenção e queda na frequência de fiéis estão minando a sustentabilidade de muitas igrejas.
A projeção indica que cerca de 2.000 igrejas podem fechar nos próximos cinco anos, marcando uma das maiores reduções de locais de culto na história recente do país. Embora 70% das congregações digam estar confiantes em se manter abertas, 5% admitem incerteza quanto ao futuro — índice que sobe para 7% em áreas rurais.
Entre as denominações, as igrejas metodistas aparecem como as mais vulneráveis (12% em risco), seguidas pelas presbiterianas (9%) e anglicanas (4%). Mesmo com o risco menor entre os anglicanos, sua ampla presença nacional significa que centenas de templos ainda podem fechar.
O relatório destaca que igrejas com status histórico protegido têm mais chances de sobrevivência, enquanto edifícios sem tombamento enfrentam maior ameaça. O NCT classificou o momento como “existencial” e lançou o programa Future of UK Church Buildings para encontrar soluções de preservação e uso alternativo.
No País de Gales, o impacto já é visível: um quarto das igrejas fechou na última década, reflexo direto do envelhecimento populacional e da diminuição de fiéis.
Além disso, as restrições de acesso a subsídios públicos — que só cobrem reparos acima altos — dificultam a manutenção de templos menores. Enquanto catedrais sustentadas pelo turismo mantêm estabilidade, pequenas paróquias locais enfrentam a dura escolha entre se fundir, transformar seus espaços ou encerrar atividades.
Segundo a Brierley Research Consultancy, o número total de locais de culto no Reino Unido caiu de 42 mil para 39,8 mil na última década — tendência agravada pela pandemia e pela alta nos custos de restauração.




